quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Como entender uma Mulher!


Com todo o perdão da palavra, eu sou um mistério pra mim. E eu suponho que me entender não seja uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. E nem eu me entendo, pois sou infinitamente maior que eu mesma, eu não me alcanço. Mas eu fui obrigada a me respeitar, pelo fato de não me entender. Qual palavra me representa? Uma coisa eu sei: eu não sou o meu nome. Meu nome pertence aos que me chamam.”

–Clarice Lispector

Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar.”

–Cecília Meireles


Você precisa entender que mulher é coisa feita de chuva, vento, fogo, mar, areia. De terra. De fruta (mulher se come). De cheiro. De guaraná e Viagra (mulher causa ereção). De céu e Sol (mulher clareia). De nuvem. Para se entender uma mulher, é preciso pisar descalço na grama molhada e depois deitar e imaginar seres mais reais que você e eu.
Você precisa entender que mulher não é livro, enigma, mistério, problema matemático, sonho psicanalítico, arquétipo junguiano ou mapa astral. 
Mulher não se interpreta. Mulher não se resolve. Mulher não se lê. Freud, Sherlock Holmes e Confúncio não explicam. Se quiser saber, a última coisa que você deve fazer é tentar entender, adivinhar, solucionar ou perguntar. Talvez ela mesmo não saiba. Talvez ela fale algo que não é bem certo. Elas não mentem, só alternam verdades (é por isso que com mulher se dança).
Para entender uma mulher, você precisa esquecer o que é uma mulher.
É preciso chamá-la sem antes lhe perguntar o nome. Enxergá-la nua. Sempre. Em vez de adivinhar o desejo dela, oferecer o seu. Antes de entender, antes de ler, é preciso saber escrever uma mulher.
Você precisa entender, para se entender uma mulher, que o sabor da picanha só existe dentro da sua boca, que o som das fugas de Bach só nasce quando chega aos seus ouvidos, que a textura da mesa não tem realidade na ausência do toque. Uma mulher não é nada antes de seu encontro com coisas, seres e mundos. Então, para ver o feminino lá fora, é preciso atuar aí dentro. Agir. Para fazer nascer uma mulher, é preciso ser homem.
Para entender uma mulher, enfim, você precisa fazê-la suar, digo, fazê-la sua mulher!




FonteNão2 Não1

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