sexta-feira, 22 de julho de 2011

Menina Impossibilitada de ver filme por ser cadeirante!

Bom Dia pessoal, estive um tempo por fora do blog, mas hoje voltei com um assunto que me deixou muito revoltada!
Vou postar aqui a carta da menina que foi  humilhada e privada de assistir um filme no Cinemark!

Leia a Carta:


Dia 18 de julho de 2011, segunda-feira, fui  ao  Cinemark do Bourbon 
Shopping Ipiranga, em Porto Alegre, RS.  O que era um programa simples,
tornou-se inacreditavelmente “impossível”. 
Eu e mais 03 primos compramos os  ingressos  e entramos na sala de 
cinema. Constatando a dificuldade de visualizar a tela, devido sua proximidade, 
pedi para minha prima, Bruna, solicitar a ajuda de um funcionário. Devido sua 
demora, solicitei que minha outra prima, Gerusa, fosse verificar o que estava 
ocorrendo. Minutos depois, elas entraram acompanhadas pelo gerente, senhor
Maurício. Ele  afirmou  que o Cinemark proíbe  seus funcionários de  prestar 
auxílio como  “este” aos  seus  clientes. Ou seja, o Cinemark, além de não 
disponibilizar um local decente para cadeirantes, proíbe seus funcionários de 
os colocarem em uma poltrona onde possam, ao menos, ver o filme. Apesar de 
preferir me locomover livremente e saber das leis que asseguram esse direito, 
abdiquei disso para me adequar ao serviço precário oferecido e, mesmo assim, 
escuto do representante da empresa que isso NÃO É POSSIVEL?!
Como o filme estava prestes a começar, minhas primas decidiram que 
elas mesmas me colocariam na poltrona. Nesse momento, o gerente “informou” 
que esta ação não poderia ser feita dentro do  estabelecimento. Além de não 
ajudar, proibiu minhas primas de prestarem esse auxílio. 
No primeiro momento da solicitação, quando  a  Bruna ainda estava 
sozinha, o senhor Maurício comentou que o cinema não tinha “estrutura”, pois 
era feito para “pessoas normais”. Normal, anormal ou qualquer outro rótulo ou 
denominação que queiram dar, não importa. Tenho limitações sim, mas, como 
qualquer outra pessoa, paguei por um serviço, pelo qual não fui informada que 
não poderia usufruí-lo.
Durante  este  lamentável acontecimento, meu único desejo era me 
esconder, chorar de raiva, pois além de me sentir severamente lesada como 
consumidora, me senti  diminuída  como pessoa. E pior, pelo tom usado pelo 
funcionário, me senti culpada por estragar o passeio das pessoas que me 
acompanhavam, entre elas, uma criança. 
Além de tudo, por instantes, o gerente me fez acreditar que o problema 
em questão era eu, e não sua empresa... Que inversão de valores é essa?
O caminho mais simples é  “deixar assim”,  mas me nego a considerar 
essa possibilidade.  Por isso,  peço que ajudem minha voz, que continua 
embargada, a ser ouvida por outros, sejam  eles  donos de estabelecimentos 
ou pessoas que, devido às injustiças vividas diariamente, desistem de lutar por 
seus direitos, por menores que sejam, como assistir um filme numa segundafeira a tarde...
Agradeço a colaboração!

Grande abraço,
Vitória Bernardes
21/07/2011





PEÇO QUE AJUDEM A DIVULGAR! ISSO NÃO PODE FICAR ASSIM!

2 comentários:

  1. REVOLTANTE... uma atitude muito revoltante....
    tenho irmã cadeirante e sei das dificuldades que enfrentamos, o preconceito, uma coisa simples pode se tornar algo de muita revolta pela falta de caráter de alguns IDIOTAS! Divulgando a notícia... hoje e sempre!

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  2. Muito obrigada pelo apoio e divulgação. É bom saber que não estou sozinha!
    Grande abraço,
    Vitória Bernardes

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